MEU ORGULHO DE SER LATINO!

Está bem, eu assumo: “não torço pelo Brasil na Copa do Mundo!” Pronto. Não foi nada difícil fazer isso.

Isso pode ser sim, bastante contraditório, quando parte de um professor  que vive dizendo para seus alunos acreditarem neste país. Mas a resposta é mais simples que parece. Não bastasse sermos feitos de palhaços por nossos representantes na política. Não bastasse sermos feitos de palhaços na fila do banco, no trânsito, na hora de comprar, amar e odiar ou até mesmo de dormir, ainda temos que sustentar um falso patriotismo que faz cartolas lucrarem bilhões de dólares em cima de alguns atletas que estão jogando uma Copa do Mundo que nada mais é do que uma “vitrine” para expor jogadores. Eu não caio nessa. Nunca!

Mas por simples rebeldia saio pelos quatro cantos proferindo que gosto da Argentina – que jogou muito mais que a tal seleção do Dunga – ou pelo Uruguai que veste celeste a cor do meu tricolor. E por falar em “meu tricolor” e, aproveitando a ideia do grande gremista Paulo Santana, eu não torço pelo Brasil simplesmente porque sou torcedor do GRÊMIO FOOT-BALL PORTO ALEGRENSE, o resto, simplesmente não me importo, para que se tenham uma ideia, na última sexta assisti Brasil x Holanda com a mesma indiferença com que assisti nesta Copa a Argélia x Eslovênia. Assisto com interesse, como tenho assistido a São Paulo x Palmeiras, Flamengo x Fluminense, mas sem nenhum entusiasmo, sem torcer para nenhum dos times, nem que um deles seja a Seleção Brasileira.

Em suma, sou amante do futebol, gosto desde criança de assistir a esse esporte, mas torcer por time de futebol, aí é outra história, só torço mesmo pelo Grêmio.

Influi sem dúvida nesta minha indiferença pela sorte da Seleção Brasileira o meu gremismo: sofro do mal da paixão única, penso até que a minha mente não tolera que eu torça pelo Brasil porque seria uma espécie de traição ao Grêmio, sei lá…

Que ninguém me acuse de ser impatriótico por isso. Amo o Brasil, conheço todos os seus hinos. Se o Brasil entrasse em guerra e me aceitassem, eu pegaria em armas para defender a pátria que aprendi a amar no grupo escolar da minha infância.

Agora, quanto ao Uruguai ou a Argentina, me simpatizo por questões pessoais, o primeiro traja celeste, o segundo usa listras na vertical, assim como o Grêmio. Tudo isso por uma questão de gauchismo, e claro, cisplatina, um heróica questão cisplatina.

Gosto dos argentinos, e claro, as argentinas são muito simpáticas. Tenho amigos argentinos e uruguaios, nos respeitamos muito, admiro a cultura de nossos vizinhos, assim como ME ORGULHO MUITO DE SER LATINO. E todos nós deveríamos fazer as mesmas perguntas:

“Porque é que não paramos todo o país para assistir a uma partida de vôlei, ou a uma corrida de nossos atletas? Porque não colocamos bandeirinhas de nossa querida pátria quando tem um judoca no tatame?”

Soooooy  celeste. . .

Soooooy  Hermano. . .

Soooooy  castelhano. . .

Soooooy  gaúcho. . .

Soooooy  TRICOLOR. . .

E Para terminar, não poderia ficar indiferente por uma foto que consegui encontrar. Algum gaúcho que pensa como eu exibiu dois trapos do TRICOLOR DO SUL em um jogo da celeste...

BARBARIDADE TCHÊ !!!

Professor Ademir, é gremista fanático, mateador, assador, escreve às sexta-feiras, e por uma questão de VERGONHA NA CARA e pelo seu gremismo, não torce - nem um pouquinho - pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo.